sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Consultórios devem pagar por TV ligada na recepção

Deixar a tv da sala de espera em rede aberta é um erro muito comum cometido nos consultórios

Consultórios médicos são locais de circulação de pessoas e, por isso, devem pagar direitos autorais sobre a transmissão de obras audiovisuais. O entendimento é do Juízo Especial de Angra dos Reis, que aceitou o argumento do Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição) em ação movida por Paulo Carlos de Saboia Bandeira de Mello Neto. Ele é proprietário de uma clínica e queria ter de volta os valores já pagos ao Ecad.
A entidade cobrou pelas composições musicais veiculadas em seu consultório médico por meio dos programas exibidos na televisão da recepção. Além do reembolso, o dono da clínica pediu o cancelamento das cobranças mensais e o pagamento de indenização por danos morais pelo Ecad.
Para o juiz, o Ecad seguiu a Lei 9.610/98 (dos Direitos Autorais). Ele entende que a instituição é reconhecida pela Justiça para efetuar a cobrança. Em se transmitindo uma telenovela, um programa de televisão ou um filme, também se transmitem, necessariamente, as composições musicais que integram a obra audiovisual. Tratando estes estabelecimentos comerciais de local de circulação, no qual a transmissão se dá de maneira indistinta para a totalidade do público presente, temos uma hipótese de execução pública de fonogramas. 
O autor da ação alegou que seu consultório era restrito aos pacientes que marcavam horário, não sendo aberto ao público em geral. Para o juiz, uma clínica não recebe poucas pessoas e ainda se enquadra na caracterização de lucro indireto por atrair clientes com o diferencial oferecido na recepção. "Ainda que se considere que o autor não aufere lucro em sua atividade liberal, fato é que o televisor ligado na sala de espera, constitui atrativo para a sua clientela, o que certamente guarda repercussão econômica, o que poderia ser considerado analogicamente como lucro indireto", ressaltou.
Transcrito de Conjur

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Insuficiência ovariana

Saiba o que psicólogos, fisioterapeutas, arteterapeutas e nutricionistas tem a ver com isso

Dr. Dario Dalul
Nas últimas décadas, observa-se nítido aumento do número de mulheres que atingem o período de pós-menopausa e senilidade, graças às melhores condições de vida e aos modernos recursos profiláticos e terapêuticos. Muitos equívocos são cometidos pelas pessoas que inadequadamente consideram essa fase como “idade crítica”, por considerarem as condições de vida adversas.

A insuficiência ovariana vai ser detectada pelo ginecologista por ocasião do acompanhamento preventivo periódico. Muitos distúrbios surgem, podendo coincidir com o período da menopausa, sendo tratados especificamente. A importância da atenção a este grupo de pessoas é de suma importância para a detecção e tratamento das alterações próprias dessa faixa etária.

Quanto mais precoce o diagnóstico, haverá um tratamento mais eficaz para as patologias como o câncer de mama, de colo de útero e dos ovários. Convívio social, atividades recreativas, físicas e culturais tendem a melhorar a qualidade de vida, pelo aumento da auto estima com a liberação de serotonina. Além da abordagem do ginecologista, faz-se necessário um cuidado multidisciplinar, que inclui psicólogo, fisioterapeuta, arteterapeuta e nutricionista. 


As famílias se deparam com a dificuldade de manter essas pessoas em suas residências, em virtude da falta de cuidadores e a compatibilidade individual para esta tarefa. Felizmente a tendência atual é a transferência para unidades próprias que dispoem de todos esses recursos, o que contribui favoravelmente para melhorar a vida dessas pessoas, permitindo uma longevidade mais digna.

Por: Dr. Dario Dalul - Ginecologista 
CRM 158882-RJ

segunda-feira, 11 de novembro de 2013

Aspectos positivos da publicidade médica pelo CREMESP

Não há como deixar de reconhecer que, nos dias atuais, a informação é fundamental para qualquer ramo de atividade profissional, e a Medicina não é diferente das demais profissões nesse aspecto. O que muda é a forma como a informação e a publicidade devem ser trabalhadas na área.

O médico tem naturalmente, o direito de anunciar, mas deve ser sóbrio, comedido e recatado, nos títulos, na especialidade, nas dimensões, na forma, nas promessas, no local onde põe o anúncio. Lembre-se que é o representante de uma profissão sobremaneira digna, honesta e respeitável.

Como todos os grandes conceitos, este também se mantém atual. Respeitados esses critérios, passemos a analisar os aspectos positivos da publicidade médica. Sem dúvida, a divulgação de novas técnicas diagnósticas e terapêuticas, desconhecidas até então pela população, é um dos aspectos mais positivos da publicidade médica. Outro aspecto que não deve ser esquecido é que a publicidade pode (e deve), ter um efeito educativo para quem recebe a informação.

A publicidade médica que veicula novos conhecimentos, com propósito educativo ao público, será sempre uma propaganda positiva e não meramente promocional de quem anuncia. É fundamental, para que isso aconteça que a publicidade não se afaste um milímetro da verdade, ou seja, a propaganda deve divulgar o que é cientificamente correto e aceito como boa prática médica.

Se até para os médicos é complicado acompanhar os avanços da medicina, imagine no caso do público leigo. Ainda que a mídia abra largos espaços na divulgação de assuntos médicos, o domínio da informação, em larga escala, é muito difícil. Atividades médicas como geriatria, hematologia, nefrologia, só para citar algumas, são ainda pouco conhecidas da população. Assim, o anúncio da especialidade seguido de uma breve explicação do que se trata já é educativo. O mesmo pode ser dito dos meios diagnósticos e terapêuticos. A população não tem conhecimento dos diversos meios diagnósticos e dessa forma, o anúncio dentro dos preceitos éticos informa e educa quem recebe a propaganda.

Também para o profissional médico a publicidade tem aspectos positivos. Nos grandes centros urbanos é muito difícil tornar-se conhecido, ao contrário do que ocorre nas pequenas cidades, onde o médico é identificado por todos e seu local de trabalho e tipo de atividade são de domínio público. É por intermédio de um profissional de marketing que o médico pode informar o que faz, onde faz, em que horário trabalha e como pode ser encontrado. Fazer-se conhecer e oferecer seus serviços à comunidade são  sem dúvida, aspectos positivos para o profissional médico.

Finalizando, tudo o que foi dito aqui para mídia em geral vale também para a Internet. A Internet também propicia a publicidade médica, com a vantagem de ser o meio no qual o médico poderá explorar melhor os aspectos educativos de sua publicidade, dado ao maior espaço que esse veículo de divulgação oferece e seu baixo custo. Dessa forma, o médico poderá não só anunciar, mas ensinar o que é sua especialidade, que doenças trata, prevenção e formas de tratamentos possíveis, o que seria muito mais limitado e oneroso em outras mídias.


Fonte: CREMESP

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Quinto erro de Marketing em Consultórios

5 – Não ouvir o seu cliente é o primeiro passo para dispensá-lo

Quantos especialistas clínicos já pensaram em aplicar uma pesquisa para obter o nível de satisfação de seus pacientes? Quantos ao menos já disponibilizaram uma “caixa de sugestões” na recepção do consultório?  Não o fazem e depois se perguntam porque boa parte dos pacientes não volta para uma segunda consulta. Não sabem por que o investimento feito para montar o consultório ou a clínica não está dando retorno.

Alguns capricham na decoração, nos aparatos tecnológicos, no credenciamento de um sem número de planos de saúde, mas esquecem o principal: entender o que o cliente quer. Esquecem-se que o que faz a manivela do consultório girar é a presença dos clientes.

Não dá para mudar ou melhorar o atendimento sem saber onde ou o que mudar.  Pesquisas já mostraram que 96% dos pacientes não se dão ao trabalho de contar ao médico a sua insatisfação. Em consequência, 91% dos insatisfeitos vão consultar outro médico, e 79% dos clientes que partiram, o fizeram por não terem sido atendidos em suas reclamações durante o atendimento. Dar a chance para que o paciente “fale” é dar-se a possibilidade para melhorar e manter o cliente, pois os que reclamam têm mais probabilidade de se tornarem clientes leais, do que aqueles que não expressam suas insatisfações. Pesquisa bem feita no consultório ou na clínica não é luxo, é sobrevivência.